Indo ao Passado em Praga

Desde as 09:00 horas estávamos caminhando por Praga - República Tcheca, um friozinho bom de 9 graus, mas uma paisagem de sonho, principalmente para mim que adoro o passado. Praga é uma cidade antiga, bem conservada, ruas estreitas, muitas igrejas e aqueles detalhes na arquitetura que deixam tudo mais pitoresco. Nesta foto acima é a ponte mais famosa da cidade Ponte Carlos IV, sobre o rio Moldava, muito larga (10m) e cheia de esculturas, de onde vemos os prédios nas suas margens.

A Igreja de São Vito é uma das várias construções anexadas a área do Castelo, inexplicável a grandiosidade da arquitetura, dos detalhes. O interior é magnífico. Gosto de sentar no banco da igreja e imaginar quantas pessoas nesses séculos todos ali vieram orar, chorar, pedir ajuda. Gostaria que existisse o silêncio, mas é uma maratona com tantos grupos de excursão, várias línguas distintas. Falta tempo para apreciar a energia de um lugar como este.

Numa das grades da Catedral do Pivo existem os 12 signos reverenciados por desenhos feitos em ferro, uma graça. Eles foram imaginados na proposição das estações do ano junto a atividade agrícola da época, uma graça. A Astrologia me acompanhou nessa viagem,

Aqui é a Torre astronômica de Klementinum, uma antiga faculdade jesuíta onde vários nomes famosos da música e pensamento vieram estudar. Em cada face da torre existe um relógio solar em estilo diferente. Uma delícia imaginar a existência de tais homens aprendendo coisa que hoje uso no meu trabalho.

Ahhhhhhh, chego eu na Praça da Cidade Velha e me vejo defronte dessa maravilha.. O orloj, construído em 1410 , a primeira parte dele..O filme "De Volta para o Futuro" tem uma cena diante desse relógio e eu agora estava "De Volta para o Passado", diante do Orloj,vendo a posição do Dol e da Lua e os apóstolos mecânicos se mexendo a cada troca de hora. é um evento curtido por todos os turistas.

Aqui a torre de uma das maiores igrejas de Praga, a Igreja de São Nicolau, onde numa tarde fomos assistir um concerto de música clássica durante a missa. Aqui sim o clima reinou dentro do templo, uma mistura potente da arte inspirada do compositor, do som do órgão, das vozes do coral. Era um silêncio musical, Uma acústica que fazia o som envolver a gente, silenciar a alma para podermos vibrar mais intimamente com o som.

Estamos nas cercanias da Igreja do Loreto e podemos ver em detalhe as marcas das balas de canhão da II Guerra Mundial, são buracos de tamanhos variados das balas. Uma loucura a cidade ser alvo de uma chuva de balas e que muita coisa renasce das cinzas quase intacta. Uma coisa achei interessante,as placas de ferro dos bueiros tem o modelo de um  brasão, tudo tem um "acabamento", um valor da história.

Esse é o Pezão, como o denominei (risos), paramos para um pipi-room e encontro Pezão sentado no banco esperando companhia para tomar umas biritas. Hehehe, simpático o cara. 

Fim de tarde e eu mortinha da silva, já no fim do segundo toure me deparo com esse jardim interno do Castelo, uns patinhos nadando e um desejo de viver num lugar assim.Sabe lá já andei por aqui, já arrastei saias longas pelos gramados e pedras das ladeiras. A rua do Ouro onde foram construídas casas em tamanho mínimo, ainda hoje preservadas, protegidas por vidros.

Frente da Catedral do Pivo.